Deus criou então o homem à sua imagem assim à imagem de Deus o criou homem e mulher assim os criou e a imagem entontece os rapazes o que desperta nas raparigas a diligência de saber como gira o mundo e da noite fez Ele dia mas não se percebe porquê se já todas as coisas existiam se os rapazes jogam à bola observam as raparigas o correr dos músculos elevados do chão sobre um par de sapatilhas mas Deus que é Deus não pode estar errado e se fez as opsinas então alguma razão lhe cabia discutem elas em silêncio sobre o que não se via advinham supõem e por vezes desvariam não fiz nada de novo diz Ele sem reserva é verdade que já tudo era mas quis Eu ao mundo trazer uma nova luz tanta luz também cega por isso de olhos abertos construímos sobre a terra e com eles fechados se reza porque negais a luz pergunta Ele e não é apenas retórica ácida mas sim o supremo elogio das aminas põe o slow e apaga a luz rapazes e raparigas fechai os olhos que a peregrinação depende de outras proteínas parai com isso ordena Ele exigente abri os olhos dei-vos cor e distância maravilhai-vos na sala às escuras pelas cadeiras e pelo sofá levantam-se rapazes e raparigas tateando o negro cheirando o calor nada irrita mais do que não ser escutado anuncia por isso Ele tal abismo por onde se cai aos pedaços se cambaleiam e hesitam no início há no escuro tal atração capaz de refazer os princípios respira fundo conformado se calhar até pela música embalado mas não há criador que não se queixe do malcriado encontram-se rapazes e raparigas entrelaçando-se pelo pescoço quentes macios feitos de osso levanta a voz de novo crente na salvação faz ponto de autoria deixar claro que em nada diferem foram feitos à sua imagem os rapazes sentem os seios ainda que apenas numa primeira pequena e pontiaguda impressão porque tendes vistas curtas diz Ele numa alocução dá Deus nozes a quem não tem dentes não vedes que só quem vê cria as raparigas aproximam as ancas procurando o que há muito adivinham surpreendem-se com o volume questionam-se sobre a perseverança Ele que está em todo o lado pensa para consigo trouxe Eu a luz ao mundo e ainda assim reveem-se nas trevas os rapazes exaltados procuram o sossego no baixo-relevo pensa então Ele na sua omnipotência talvez eles tal como Eu tenham de começar pelo princípio as raparigas indo às origens não hesitam aninham e então os bafos avizinham-se e então os corações palpitam e então os estômagos empurram-se e então as mãos aventuram-se e então Deus grita dopamina e então os rapazes e as raparigas veem o dia e então a mãe inesperada acende a luz e diz não quero disto em minha casa