mas que lindo menino que da juventude tem a flor no lindo rosto a inocência e seja lá mais o que for o que eu quero é ir brincar ao salta à barra ao ou conta ou amua e contar até 31 com os meninos da minha rua na rua é preciso cuidado pois do homem do saco o da tela entrelaçada muito se tem falado talvez por isso grite a minha mãe da varanda vem menino para casa que já se faz tarde mas se calhar ela não está verdadeiramente preocupada pois será apenas que a sopa já está preparada será isto um castigo estava eu nas minhas sete quintas não vejo a razão de tamanho alarido saído de cabeça aflita a sopa já está na mesa e o teu pai sentado vem daí que te digo antes da refeição ter começado ali está ele na mesa então por onde andaste pergunta com a sua voz forte por entre névoa espessa já estou farto de dizer não uma nem duas nem três vezes que das sopas verdes a que mais me aborrece é a de ervilhas come ervilhas que te faz bem diz a mãe que o pai é agnóstico dão-te força para correr atrás da bola com os pequenos todos zombam porque podem e porque querem que eu bem percebi que isto da bola é pela forma das ervilhas come a sopa resolve ajuntar o pai faz a vontade à tua mãe que eu também fiz e por isso estou sentado hesitante lá me vergo senão fica o caldo entornado dirijo-me para o meu trono de pau de todos o mais elevado o pai assenta com a cabeça a mãe tem mais que fazer pois está a terminar o segundo prato é o segundo que empurra o primeiro que da cozinha vem um tal cheiro a vida é tortuosa ter de se saborear o que se desgosta mas que aflição é essa a comer até parece que te fizeram mal atira o irmão mais velho que não perde oportunidade de o pôr vermelho quando me arreliam arreliam-me mesmo em particular este monstrelho com a mania de já ter pelo não chateies o teu irmão diz o pai romano que a paz que vem de cima é aquela que mais se estima está vermelho está olha olha está vermelho insiste o irmão que a casa começou a trazer a revolução resolve o pai calar que há situações em que mais vale deixar a barragem se esvaziar olha olha olha come lá a sopinha verde sorri o irmão com a porta aberta muito à vontade para a desfeita no ranger da cadeira me agito sinto na boca a injusta ervilha resistindo à garganta dando razão à minha revolta muitos anos de casa comum são mais do que mil palavras por isso sabe ler o irmão o que do meu rosto se escapa olho em volta e vejo um quadrado de quatro paredes cercado e ao centro uma mesa redonda de familiares ladeada o irmão não é dado a abstrações sabe que o que vale é o imediato aborrecer agora o miúdo e depois sair para o mato por isso dá a estocada final é agora é agora está todo vermelho no nariz às orelhas atiro-lhe à cara o prato qual deus justiceiro deixando o irmão espantado e com a roupa suja para a moçoila faz o pai uma consideração profunda de quem sabe do que é o mundo feito e que muito bem se resume coisas de garotos são coisas de garotos vem a mãe a correr da cozinha e não vem para explicativas filosofias pois sabe que na prática tudo deve ter solução rápida logo ali ela decide que a Deus devo prestar contas depois da oração ao senhor padre confessar acabou-se o tempo das imprudências que a vida também é feita de coisas sérias coloque-se de joelhos que chegou à idade das consequências padre que fala assim anda há muito nesta vida por aqueles ouvidos já entrou tanto pecado que desfaleceria a mente mais atrevida mas eu que sou obstinado ainda que de joelhos me tenha prostrado não estou assim a ver nada de que me sinta culpado ofendeste pai ou mãe não és amigo do teu irmão mentes ou tens pensamentos com a mão deixa o padre tudo explicado de tudo o exposto nada tenho de prestar a Deus por isso me calo perante o contraplacado que esconde o rosto então questiona o padre perante a minha ausência que atrás de mim já há gente a perder a paciência pressionado entre duas paredes e não encontrando culpas terrenas ocorreu-me por desvario o que já senti entre as pernas